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13/11/2008
Efeitos da crise americana sobre o setor de alimentação no Brasil

É notório que a turbulência econômica mundial já afeta o dia-a-dia das pessoas e das empresas. Apesar de ainda ser cedo para avaliarmos os impactos da atual crise econômica global sobre o turismo, verifica-se que alguns restaurantes já sentem uma elevação nos custos, reflexo da valorização do dólar.

Nos estabelecimentos ligados ao mercado gastronômico, por exemplo, a alta da moeda norte-americana atua majorando os custos dos restaurantes. Os insumos e matérias-primas importadas utilizadas na elaboração dos pratos, assim como as bebidas, já estão com preços mais altos e a solução é repassar os gastos extras à mesa do cliente.

De acordo com dados do IBGE, a alimentação fora do domicílio já aumentou 9,69% entre os meses de janeiro e setembro deste ano. O almoço foi a refeição que ficou mais cara, com crescimento médio de 12,24% no mesmo período, devido ao encarecimento de produtos básicos na alimentação do brasileiro, como o arroz, o feijão, óleo, e a farinha de trigo. Além disso, o preço da carne, e de outros produtos importados como azeite e vinhos, saltou do dia para a noite com o aumento do dólar, já que os frigoríficos repassaram a alta. Com isso, resta aos estabelecimentos que trabalham com alimentos preparados repassar novamente os custos mais elevados aos preços do cardápio. Esta estratégia pode garantir a sobrevivência da empresa em um mercado altamente competitivo. Outra tática que está sendo utilizada pelos proprietários de restaurantes, quando possível, é a substituição de produtos importados por nacionais, evitando, portanto, um aumento de custos não previsto e o repasse destes aos clientes.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o reajuste médio nos menus foi de 5% e de 25% a 30% na carta de bebidas, em razão da alta do dólar. Entretanto, alguns donos de restaurantes estão optando por não realizar modificações nos preços já que o movimento nos restaurantes e bares diminuiu com a lei seca e a tendência é que haja maior redução após a crise.

Como podemos observar, a pressão nos custos ocasionada pela elevação da moeda norte-americana já mostra seus efeitos perversos no mercado de turismo. Além da elevação nos custos, as empresas do setor começam a sentir a contenção do crédito no mercado, outra seqüela da crise mundial. Neste contexto, a Organização Mundial do Turismo (OMT) criou, através de seu Conselho Executivo, o Comitê de Reativação do Turismo, que atuará no setor utilizando-se de ferramentas como análises e estudos econômicos sobre o andamento da crise.

O primeiro estudo realizado pela OMT, “Desequilíbrios mundiais e o crescimento do turismo”, será apresentado em meados de novembro durante a reunião dos ministros que será realizada em Londres. De acordo com a pesquisa, os primeiros problemas mais graves no setor turístico decorrentes da crise irão ocorrer a partir do início do ano de 2009, dado que na primeira metade deste ano houve um sólido crescimento do turismo internacional, que cresceu 5% entre janeiro e abril. A base de comparação elevada, associada à volatilidade e incertezas dos mercados financeiros, propicia uma redução no fluxo do turismo internacional.

O secretário geral da OMT, Francesco Frangialli, afirmou que “a experiência nos ensina que o turismo é resistente, porém não é possível negar que há um grau elevado de pessimismo diante da atual situação, onde todos os setores econômicos começam a sofrer os efeitos recessivos”.

Fonte: Informe Econômico 03 a 10 de Novembro de 2008 - FNHRBS



 
 
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