14/10/2009 Turistas de eventos injetam U$ 35 milhões na economia nacional
Para o ministro do Turismo, Luiz Barretto, “sediar eventos é apresentar-se ao
mundo”
Eventos internacionais realizados no Brasil nos últimos anos injetaram US$ 34,9
milhões na economia nacional. Deste montante, U$ 21,5 milhões (61,5%)
correspondem às despesas com hospedagem e alimentação. É o que revela uma
pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o Ministério do
Turismo (MTur), que aponta indicadores positivos sobre o segmento turístico de
Negócios e Eventos no Brasil.
As informações foram apresentadas na manhã desta terça-feira (13) na capital
paulista pelo ministro do Turismo, Luiz Barretto, e pela presidente da Embratur,
Jeanine Pires. “Os números demonstram que este é um turista diferenciado, com
nível escolar superior, alto poder aquisitivo e que busca praticidade,
comodidade, atendimento e equipamentos altamente qualificados. Essas
características se refletem nos gastos desses turistas”, afirmou o ministro do
Turismo.
Os pesquisadores entrevistaram 5.132 participantes estrangeiros de eventos
sediados por 14 cidades brasileiras. O resultado oferece um visão geral e real a
respeito do potencial do segmento, com uma margem de erro de 5%.
Entre os entrevistados, 66,2% visitavam o país pela primeira vez. “Isso faz com
que a imagem desse turista sobre o país seja reforçada ou melhorada a partir
dessa oportunidade”, observou Jeanine Pires.
Além de detalhar o gasto médio diário e o perfil socioeconômico (país de
residência, faixa de renda etc.) do turista estrangeiro que vem ao país, o
levantamento buscou o tempo de permanência no Brasil, a imagem em relação à
cidade que sediou o evento e a intenção de retorno.
O espectro de atuação do mercado de eventos pode mobilizar, segundo a
Organização Mundial do Turismo, mais de 50 segmentos. Os principais mercados
emissores de turistas para estes eventos são os Estados Unidos, com 10,84%,
seguido pela Argentina (8,12%), Alemanha (4,29%) e Inglaterra (4,25%). O fato de
o evento ser realizado no Brasil influenciou a vinda de 58% dos pesquisados.
Para o ministro Luiz Barretto, a pesquisa incentiva um grande nicho de mercado e
contribui para ampliar o conhecimento de organizações públicas e privadas a
respeito da imagem que vem sendo construída sobre o país. “Isso é fundamental, à
medida que teremos anos de muito trabalho, debruçados sobre um calendário de
eventos que pode transformar o desenvolvimento do setor no Brasil”, analisou.
De acordo com Barretto, é vital ter instrumentos para planejar o futuro. “Essa
pesquisa é uma radiografia e por isso nos orienta, baliza nosso trabalho de
prospecção. O país vai bem, mas os desafios são enormes”.
RESULTADOS NACIONAIS
Perfil do turista
• Grande parte dos turistas reside nos EUA (10,84%) e na Argentina (8,12%).
• 66,1% visitaram, pela primeira vez, o Brasil.
• 81,93% visitaram pela primeira vez a cidade-sede do evento.
• O taxi foi o principal meio de transporte utilizado do aeroporto até o meio de
hospedagem (47,66%).
• O meio de hospedagem mais utilizado foi o hotel (96,31%).
• Os turistas permaneceram, em média, sete noites no País.
• Dos turistas estrangeiros participantes, de pelo menos 22 países, 23,27% têm
entre 25 e 34 anos, 28,98%, entre 35 e 44 anos e 26,21% entre 45 e 54 anos.
• Com relação à escolaridade, 96,83% têm mestrado, doutorado ou especialização.
• Faixa mensal de renda: 10,74% declararam renda entre US$ 1 mil e US$ 2 mil;
13,79% entre US$ 2 mil e US$ 3 mil; 12,60% entre US$ 3 mil e US$ 4 mil; 14,51%
entre US$ 4 mil e US$ 6 mil mensais; e 29,12% afirmaram ganhar acima de US$ 6
mil.
Movimentação econômica
• Hospedagem, compras, alimentos, cultura e transporte são os principais
responsáveis pelo gasto individual médio diário do turista estrangeiro de
eventos no Brasil, que foi de US$ 285,10.
• O número é bem superior à média de gastos de turistas que vêm ao País a
negócios (US$ 112,90) e a lazer (US$ 73,40), segundo estudo da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP), encomendado pela Embratur,
realizado em 2007.
• O impacto econômico direto dos gastos realizados pelos participantes
estrangeiros durante os 36 eventos realizados no Brasil foi de US$ 34,9 milhões.
Informações sobre a viagem/Percepção do destino
• 39,71% dos entrevistados permaneceram na cidade-sede antes ou após o evento,
ao passo que 29,55% também ficaram em outras cidades brasileiras.
• 92,57% declararam ter intenção de retornar ao Brasil, enquanto 76,37% disseram
querer retornar à cidade-sede do evento. 47,13% afirmaram querer retornar em até
dois anos.
• Em resposta de múltipla escolha, os participantes dos eventos disseram que o
principal motivo do retorno seria lazer (72,62%), seguido por negócios (28,97%).
• 79,14% dos entrevistados disseram que a imagem da cidade-sede do evento
permaneceu positiva ou melhorou após a viagem.
• 33,71% tiveram a internet como fonte de informação e 30,62% buscaram o
organizador do evento no Brasil.
Fonte: ASCOM com Mtur
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