17/03/2009 Pesquisas revelam otimismo de empresários em 2009
Apesar da crise econômica que afeta o mundo, pesquisas realizadas pelas
Fecomércios de diferentes estados do Brasil mostram que os empresários
brasileiros estão otimistas. Há apreensão com relação ao crescimento econômico,
mas a maioria acredita que o comércio possa ter um resultado positivo em 2009.
No Distrito Federal, 53,3% dos empresários acreditam em aumento de vendas e
44,9% esperam desempenho estável, comparado a 2008. O levantamento aponta ainda
que 66,2% dos empresários estão otimistas com o desempenho da economia
brasileira. Somente 38,8% não têm expectativas positivas. Entre os animados,
28,2% são do segmento de vestuário e 73,3% são lojistas de shoppings.
Em Belo Horizonte, 72% dos entrevistados estão otimistas sobre o desempenho das
vendas no primeiro trimestre de 2009, 25% não estão otimistas e 2,9%
indiferentes. A maior preocupação é o agravamento da crise financeira
internacional (52,8%), seguida pela perda de confiança do consumidor (18,2%).
Para atrair consumidores, 53,8% citaram a promoção de liquidações. O foco
estratégico das empresas do setor combinará preço (39,9%) com oferta de
mercadorias de qualidade (33%).
Preocupação
No entanto, a pesquisa em Santa Catarina revela que a crise financeira abalou o
otimismo dos empresários do comércio. De acordo com o cenário projetado por 66%
dos entrevistados, a crise deverá influenciar negativamente o setor em virtude
da redução nas compras (28,1%) e do impacto do dólar no aumento dos preços
(14,7%). Para se precaver e não afetar o consumidor, 55,3% dos empresários
adotarão promoções e 46,1% facilitarão nas formas de pagamento.
O contexto de Santa Catarina foi também abalado pela tragédia ocorrida no
estado, consequência das fortes chuvas. Para 47% dos que responderam à pesquisa,
as vendas deverão diminuir, mesmo não sendo possível prever em cifras os
prejuízos causados pela chuva.
No Rio Grande do Sul, a crise teve o impacto amenizado no comércio em razão dos
bons resultados do setor nos últimos dois anos. Levantamento sobre as variações
do Índice de Vendas do Comércio do estado para o acumulado nas vendas de dois
anos contados até dezembro de 2008, sinaliza que o setor terciário acumulou
crescimento de 15,1%. Dos 19 setores varejistas e atacadistas avaliados pelo
indicador, apenas o varejo de vestuário / calçados e o de livros, jormais e
papelaria apresentaram variação negativa. Segundo Eduardo Merlin, economista da
Fecomércio/RS, mesmo com a possível desaceleração das vendas de retrocesso do
setor: “Em 2005, tivemos uma grande estiagem que jogou as vendas para baixo.
Mesmo assim, conseguimos uma recuperação nos anos seguintes, e essa crise
internacional também será superada”.
Segundo o diretor-executivo da Fecomércio/SP, Antonio Carlos Borges, o
desempenho em 2009 será, na melhor das hipóteses, o mesmo de 2008, com um
consumidor mais preparado: “Ele conhece a crise e sabe se defender dela. Mas em
caso de perda de emprego, o quadro atual pode mudar”. De acordo com pesquisa da
Federação paulista, é provável que a crise internacional perdure ao longo de
2009, mas com indícios de equilíbrio e normalidade. Parte dos pacotes de
estímulo vai ajudar empresas a recuperar parte da confiança do consumidor, que
voltará, lentamente, a agir de forma usual.
Fonte: Portal do Comércio (www.portaldocomercio.org.br)
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