O turismo brasileiro avança a reboque do crescimento econômico e tem estimulado
empresas do setor a planejar investimentos. Prova recente do interesse no País
veio com o anúncio da compra de 6% da CVC pelo fundo de private equity Carlyle,
no último dia 7. Os valores não foram confirmados pelas duas empresas, mas se
fala em um negócio de R$ 700 milhões - o maior na história do turismo nacional.
Quem mais tem fomentado a alta da atividade é a classe C, que desde o Plano
Real, de 1994, vem se beneficiando do aumento do poder aquisitivo. Nos dois
primeiros anos depois do plano, o mercado ganhou cerca de 25% de novos turistas.
“Muita coisa mudou no turismo da década de 90 para cá. Antes, a classe média não
tinha condições de viajar de avião ou sair de férias”, diz Paulo Castelo Branco,
vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM. A própria TAM mudou muito na
última década. Tornou-se líder no setor e abriu o capital.
Segundo o Ministério do Turismo, de 2008 para 2009 os desembarques domésticos
aumentaram 13,74%. A previsão da Associação Brasileira de Agências de Viagens
(Abav) é que a atividade turística no País cresça 10% em 2010. Nos últimos anos
segundo o diretor da entidade, Leonel Rossi, o crescimento médio foi de 7% ao
ano.
“Em 2009, ano de crise econômica, o primeiro semestre foi ruim. A atividade só
começou a se recuperar no segundo semestre. Apesar de o turismo estar em um
momento de expansão, ainda há pouca gente fazendo turismo”, diz o representante
da Abav. Para o vice-presidente da TAM, apesar dos avanços, o Brasil peca pelos
escassos investimentos em infraestrutura. “O turismo entrou em velocidade de
cruzeiro. Só corre um risco: parar de crescer pelo comprometimento com a
infraestrutura aeroportuária” diz Castelo Branco. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Fonte: Agência Estado
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