28/04/2009 Caixa faz convênio com agências para financiar viagens em 24 meses
A Caixa Econômica Federal (CEF) vai levar a estratégia de ampliar o crédito por
meio de parcerias com lojas de varejo para o setor de viagens. O ministro do
Turismo, Luiz Barreto, e a diretoria da Caixa vão lançar, na segunda-feira, uma
linha de financiamentos de pacotes de viagens nacionais.
Os empréstimos poderão ser feitos pelos clientes diretamente nos balcões das
agências de viagens, com pouca burocracia, no momento do fechamento do pacote.
A cerimônia de assinatura do convênio está sendo preparada para ocorrer em São
Paulo e devem ser convidados representantes do setor, como a Associação
Brasileira de Agências de Viagens (Abav) e a Associação Brasileira de Operadoras
de Turismo (Brastoa).
Essa será a segunda linha da Caixa diretamente para o varejo, já que, desde o
fim de 2008, começou a financiar a compra de eletrodomésticos - como os produtos
da chamada linha branca - estando presente dentro do ponto de venda por meio das
parcerias com as lojas das redes de varejo.
Para aproveitar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos
produtos da linha branca, que vai vigorar nos próximos três meses, a Caixa
ampliou para 90 dias o prazo de pagamento da primeira parcela do financiamento,
isto é, a carência.
Com a estratégia de ampliar presença nos pontos de venda dos produtos, o
governo, por meio da Caixa, tenta estimular a concorrência bancária e a
consequente redução de juros e spreads (diferença entre as taxas de juros da
captação e as dos empréstimos finais).
Tanto para aquisição de eletrodomésticos quanto para a compra de pacotes de
viagens, a Caixa limita em até R$ 10 mil o valor dos empréstimos. O prazo máximo
de pagamento é de 24 meses e os juros variam de acordo com o perfil de renda de
cada região do País. A quitação dos empréstimos pode ser feita por meio de
boletos bancários ou débito em conta corrente.
No fim de março, o Banco do Brasil (BB) também anunciou a revitalização de uma
linha semelhante, só que destinada a financiar a compra de materiais de
construção, colaborando para as ações do governo federal de estímulo da
construção civil. O BB ampliou de 60 para 180 dias o prazo de carência para o
pagamento da primeira parcela de um crédito que deve ser tomado diretamente nas
lojas varejistas que vendem os produtos. No caso do BB, há a exigência de que os
consumidores sejam também clientes do banco, pois o pagamento só é feito por
meio de débito na conta corrente e, por isso, é considerado "um bom negócio"
pela instituição, já que pode ajudar a ampliar a sua base de clientes
Fonte :Jornal O Estado de São Paulo / Editoria Economia & Negócios - 24-04-09
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