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19/03/2009
País cria 9.000 vagas formais em fevereiro

Governo vê início de recuperação, embora seja o pior resultado para o mês desde 1999; indústria corta 56 mil postos

Serviços puxa criação de vagas; Lupi diz que na semana que vem anuncia setores que terão direito a mais parcelas de seguro-desemprego

No pior resultado para fevereiro desde 1999, o mercado de trabalho apresentou em fevereiro saldo positivo de 9.179 vagas com carteira assinada. A indústria, setor mais afetado pela crise, ainda registrou forte retração em fevereiro, com saldo de 56.456 postos demissões.

O Ministério do Trabalho crê que a indústria siga com dificuldades neste mês, mas que os demais setores compensem o mau desempenho, permitindo encerrar março com saldo positivo de vagas superior a 100 mil.

De novembro, quando a crise bateu no mercado de trabalho, a fevereiro, o saldo acumulado de fechamento de vagas é de 789 mil postos, sendo dezembro o pico das demissões -655 mil vagas eliminadas.

"O Brasil começou a sair da crise em fevereiro. Houve estabilização e diminuição das demissões. O número ainda é alto, mas está crescendo muito o número das contratações. Março é o mês da virada. Temos o efeito do aumento do salário mínimo. Acredito que podemos gerar no mês mais de 100 mil empregos", disse o ministro Carlos Lupi (Trabalho).

Anteontem, Lupi havia dito que o saldo de emprego formais em fevereiro ficaria "próximo disso [20 mil], não mais de 20 mil". Ontem, declarou que fora pressionado pela imprensa, mas não cravou um número. "Não abri a boca", disse.

Para o professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, já é possível afirmar que o emprego formal saiu do "fundo do poço". "Os números vieram alentadores e batem com outros dados de produção e comércio. Já dá para configurar uma tendência de recuperação, mas será algo lento", disse Leite. Na opinião dele, é factível gerar 100 mil postos neste mês. "Se compararmos com períodos recentes, vamos ver que isso não é muito."

O saldo positivo de fevereiro foi puxado pelo setor de serviços, com geração de 57.518 empregos. No segmento de ensino, o retorno das atividades escolares levou à contração líquida de 35.389 trabalhadores com carteira assinada. Serviços de alojamento e alimentação, influenciados pelo turismo de férias e Carnaval, garantiram mais 13.355 vagas; a administração pública, 14.491 vagas; e a construção civil, 2.842.

Já a indústria de transformação registrou mais demissões líquidas do que em janeiro (55.130). As demissões se concentraram nos segmentos de material de transporte, metalurgia e mecânica.

"É principalmente a indústria de São Paulo. Hoje o problema é no setor de máquinas agrícolas, caminhões e ônibus", disse Lupi.

O ministro afirmou que, na próxima semana, deverão ser anunciados os setores da economia que terão direito a duas parcelas adicionais do seguro-desemprego. "Apesar de as contratações estarem aumentando, há os casos da Embraer, do setor automotivo, da mineração."

Abertura de escolas aumenta as contratações no setor de educação

A criação de vagas na educação foi maior em fevereiro deste ano do que em igual mês de 2008. O período costuma gerar saldo positivo em razão do início das aulas, mas a abertura de escolas e o aumento nas matrículas nos últimos anos, principalmente no ensino básico, alavancaram as contratações.

Entre contratações e cortes de postos de trabalho, a educação teve saldo positivo de 35.389 vagas. Em fevereiro de 2008, o saldo foi de 31.489.

José Augusto Lourenço, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, atribui o avanço à recuperação da economia e da renda até o terceiro trimestre de 2008. "O sonho das classes C e D é ter o filho na escola privada."

Lourenço afirma que as contratações ocorreram principalmente da educação básica ao ensino médio. No ensino superior privado, diz ele, desde 2007 há perda de alunos em razão do que diz ter sido um avanço desordenado nos cursos.

O presidente da federação diz, porém, que o setor não está imune aos efeitos da crise. Segundo ele, se o desemprego crescer em 2009, deve haver aumento da inadimplência.

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo – Editoria Dinheiro



 
 
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