25/09/2009 Associação de bares defende a retenção da gorjeta
Em audiência na Assembleia Legislativa, garçons reivindicaram, além do repasse
total das gorjetas, a inclusão de benefícios trabalhistas sobre os 10%
"Que estão tirando minha gorjeta, estão", gritou o garçom José Miguel, um dos
integrantes de um comboio que saiu de Atibaia (a 64 km de São Paulo) para
assistir a uma audiência pública ontem na Assembleia Legislativa paulista. O
grito era uma resposta a Marcus Vinícius Rosa, diretor jurídico da Abresi
(Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo), que justificava as
ações dos seus representados.
Após adotar posições contrárias à lei seca e à lei antifumo - ambas com alta
aprovação popular - a associação enfrenta agora o movimento que luta pelo
repasse integral da gorjeta de 10% aos garçons. Tudo isso em meio a acusações de
que as empresas embolsam parte ou toda a taxa de serviço-que não é obrigatória.
O tema é alvo de projetos de regulamentação no Congresso e será tratado em CPI,
que deverá ser aberta nos próximos meses na Assembleia. "A gestão do dinheiro da
gorjeta gera ônus para o empresário. Muitas contas são pagas no cartão de
crédito, que tem um custo de operação de 6%", afirmou Rosa, que foi bastante
vaiado diante das cerca de 150 pessoas, entre sindicalistas, garçons e
funcionários de hotéis que estiveram na Casa.
Rosa falou que os casos nitidamente ilegais - como a retenção deliberada por
parte de donos de bares e restaurantes- são "exceção". Os representantes dos
trabalhadores reivindicaram, além do repasse total das gorjetas, a inclusão de
benefícios trabalhistas sobre os 10%.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo/ Ed. Cotidiano
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