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07/12/2009
Turismo Adaptado Ainda é um Mercado Inexplorado na Paraíba

“O turismo adaptado no Brasil é como um diamante bruto. Uma pedra de aparência feia e sem valor para quem não sabe identificá-la. Lapidada, ela alcança um grande valor admirada e desejada por todos”. Foi assim que definiu o empresário paulista da Freeway Acessível, Ricardo Shimozakai, portador de deficiência física, o mercado de turismo adaptado que continua ainda inexplorado pelos principais destinos turísticos do país.

Ricardo Shimozakai foi um dos palestrantes do “1º Encontro paraibano de turismo adaptado”, que aconteceu na última quarta-feira, 02, no auditório da Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), em João Pessoa. O evento discutiu questões como demanda, mercado, planejamento e oportunidades da acessibilidade no turismo paraibano e apontou as brechas de mais um nicho de mercado segmentado pouco observado por empreendedores e setor público, apresentando saída de como preparar um destino para atender ao turismo adaptado.

Dados divulgados pelo Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência revelam que a Paraíba possui a maior taxa de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência do país (14,7% da população), o que representa mais de 700 mil pessoas. Desse total, cerca de 100 mil residem em João Pessoa, colocando a capital paraibana com a terceira maior taxa do país entre as capitais e a primeira do Nordeste. No Brasil, 14,5% da população possuem algum tipo de deficiência, segundo o IBGE. Em números absolutos atualizados são mais de 27 milhões de brasileiros com deficiência ou mobilidade reduzida.

Para Shimozakai, no que se refere ao turismo e lazer, vem se perdendo uma grande oportunidade de aumentar o volume de negócios por não se oferecer acessibilidade a esse perfil de viajante. “As pessoas portadoras de deficiências ainda são mal aproveitadas no país. A sociedade e as empresas ainda não enxergam potencial nessas pessoas como cliente ou como mercado de trabalho.

É um público ainda desconhecido. Por outro lado, quem está descobrindo mais cedo tem se dado bem até por que a diferença de renda não é tão grande assim dos demais turistas nacionais”, revela Ricardo, ao apontar que o turismo adaptado deveria estar colado no planejamento das políticas públicas e nas construções dos hotéis e equipamentos turísticos. “O gasto de adaptação na planta é muito menor do que para fazer adaptações após a construção”, revela.

Segundo Antônio Gualberto, professor e consultor em Acessibilidade, o turismo especial envolve um público “grande e crescente que, embora tenham alta renda, até então não é reconhecido como um significativo mercado potencial”, explica ele. Estudos realizados em outros países estimam que 50 milhões de pessoas com deficiência no mundo tenham um rendimento anual de 200 bilhões de dólares. Só na Austrália turistas especiais e seus acompanhantes gastam em média 1,5 bilhão de dólares com turismo.

Turismo Adaptado

Consiste na inclusão social de pessoas com necessidades especiais através de ações em todos os segmentos do turismo, esporte e lazer. Por profissionais que estão engajados na luta pelo desenvolvimento desse nicho e pela adaptação de locais e serviços turísticos, além da promoção e divulgação dos atrativos adaptados.

Fonte: Redação iParaiba com Ascom



 
 
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